17.3.06

:: (re)Ciclo::

Há momentos na vida que é necessário parar e pensar que rumo tomar. Se eu for para a direita, esquerda, se continuo reto, se volto, tudo isso começa a ser uma incógnita, uma equação, uma fração, uma fórmula, um dilema, uma interrogação ou várias interrogações.
Algumas vezes o melhor caminho para enfrentar os problemas é fazendo o caminho de volta.
Estou numa fase da vida onde estou questionando até o sol, as confabulações mentais estão num nível de saturação que não consigo pensar mais, a única coisa que vem é por quê?

Porque isso?
Porque aquilo?
Porque aquele?
Porque aquela?
Porque lá?
Porque cá?
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quê?

Comecei a fazer terapia, hoje foi a minha primeira sessão, e já percebi algumas coisas que realmente não imaginava que isso iria acontecer tão rápido, mas agora só tem uma coisa na minha cabeça, o que vai acontecer na minha próxima sessão? Quando serei obrigado a sacar o meu cigarro e fumar no consultório?
Espero não precisar, mas se for necessário, vou travar um duelo, saco logo dois cigarros dou dez passo para trás e atiro. Onde vai acertar esse tiro? Em mim é claro.
Mas chega de mão na cabeça e auto-análises semi- funcionais- camufladas, agora vai iniciar uma análise- funcional- enfregatória- de âmago- na cara, espero que eu tenha pernas para conseguir caminhar os dez passos.