13.9.06

::Cult que é cult/ parte II::

Retorno para falar dos cults que são cults, entretanto vim aqui para dizer de uma característica já citada em um post passado e perdido.
O dom que Deus deu aos cults de classificar situação através de cheiros e gostos que nunca estiveram lá e/ou jamais lembraríamos deles se não tivesse um cult para classificar.
A minha teoria é que os cults ficam horas e horas procurando variações de gostos, cheiros e formas que lembram algo comestível.
Ex: Um final de tarde amanteigado, com um sol radiante entre as folhas de capim limão.
Não inventa.
1. não existe um final de tarde amanteigado;
2. um cult que é cult jamais estaria num local onde o que prevalece é uma plantação de capim limão.
O que denota é um auto grau de sensibilidade que os cults têm e que o resto dos mortais não perde tempo fazendo isso. Sabe por que não perdem tempo? Pois isso é algo que não vai levar o nada para lugar nenhum, exceto se você tem a necessidade de auto afirmar a sua cultisse.
O que acho mais engraçado é que o cult está pop, entretanto, os cults não percebem que são tão pop´s quanto os pop´s.
As livrarias e os cafés, com cheiro de livros e cafés, estão sendo freqüentados por cults, pops, pessoas normais e apreciadores de livros. Será que todos sentem no ar o mesmo cheiro? O mesmo gosto? A mesma viscosidade?
Estava em SP, numa livraria, e posso dizer que fui cult por alguns segundos, após girar e girar na livraria, apenas vendo, pois dinheiro que era bom para comprar não tinha, me deparo com um livro chamado Melancia, com uma capa verde e com uma melancia estampada na capa, sinceramente senti um cheiro de melancia no ar, agora eu me pergunto, será que sou cult ou tenho uma pré disposição a sentir cheiro de melancia no ar?