1.2.07

::Burocracia na Mesa::

Estava com um amigo numa festa, onde ele era o DJ e eu estava acompanhando, após a janta, estávamos observando o segurança da festa se servindo, o mesmo simplesmente pulou todas as saladas e foi direto aos pratos quentes. Nisso comentei com o meu amigo, “olha o cara foi direto nos pratos quentes” e ele me respondeu “ele que está certo, todo mundo queria fazer isso, mas ninguém faz, a salada é apenas burocracia”. Não tinha o que argumentar, ele tinha acabado de definir o real motivo da existência de uma mesa de saladas, onde geralmente encontra-se uma tigela de maionese de frutas. Quando se forma uma fila, sempre tem aqueles que ficam reto para as saladas, nada mais sensato pegarem um pouco, mas muito pouco, tanto que as pessoas apanham a colher, mal e mal encostam na salada e já colocam no prato. Entre uma colherada de salada de repolho com passas e outra de salpicão com muito milho verde, as pessoas já vão esticando os olhos para saber se o tradicional frango ao molho branco e o strogonoff vão estar presentes na festa. E estavam.
O segurança simplesmente burlou toda a burocracia da festa, o que me deixou sem palavras, porque se por um lado a salada é burocrática, por outro ela é prova de etiqueta.
Não estou dizendo que a única função da salada é está lá para demonstrar etiqueta e bons hábitos alimentares, mas sim que nas festas – casamentos, formatura, etc – as saladas estão lá para dizer que tem. Pode ser muita coincidência, mas não conheço ninguém que realmente gosta de comer essas saladas – claro que estou excluindo quaisquer pessoas que sejam mãe, tia ou avó, pois são as únicas que acham interessantíssimo comer salada de maionese de frutas da época, ou alface com repolho, pepinos ralados, passas e iogurte natural. Num almoço semanal, é gostoso comer salada, gosto muito de comê-las, mas sozinhas, um pouco de alface, cenoura, tomate, mas não uma “mistureba” de tudo isso “caldeado” de iogurte ou maionese, tornando uma pasta tão cheia de sustância que é quase impossível colocar no prato uma colher inteira, pois metade fica na colher grudada.
Gostaria de deixar claro aqui no post a raiva que tenho de uva passas, até hoje não sei o porquê da existência. Outro assunto polemico que desenrolou na mesma festa. Mas isso eu debato em outro post.
post dedicado ao meu amigo Negroxa vulgo Dj Caverá