9.1.07

::Ditados Populares::


Filosofia de mesa de bar são sempre agradáveis, sempre quando estou tomando cerveja, independente de quem estiver comigo, caímos nos debates filosóficos. Entre uma cerveja e um cigarro há sempre discussões que levam a mais uma cerveja, a eterna saideira e acender mais um cigarro. O clima esquenta, torna-se mais agradável, as horas passam e chegar numa conclusão parece impossível.
Nessas férias nunca tomei tanta cerveja com pessoas diferentes, sinceramente, jamais passou na minha cabeça que debateria assuntos polêmicos como algumas dessas pessoas, mas enfim, aconteceu. Isso prova que as minhas sessões de análise estão surtindo efeitos.
Um assunto que ficou marcado na minha cabeça foi os famosos “ditados populares”. Nunca gostei muito de ditado, ou melhor, gosto de saber sobre os ditados populares, mas nunca gostei que alguém resumisse as diversas falas em um ditado. Sei lá! Soltar um ditado popular após uma pessoa ter contado algo, soa como se tudo o que outra pessoa tinha acabado de falar, fosse tão desinteressante a ponto de ser concluído com um ditado. Os ditados populares são conclusivos, tanto que quando alguém solta um ditado popular, o assunto morre e fica aquele silencio, pelo menos numa mesa de bar.
Como tudo na vida tem dois lados – isso é um ditado popular? – um dos assuntos da mesa de bar era os ditados populares, o que permitido utilizar todos os seus conhecimentos sobre esse assunto, e o que é melhor fazer brincadeira a respeito.Pitty, a roqueira, porém baiana, já começou sua carreira colocando um ditado popular na sua música “Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra”, Xuxa também utilizou “Uma andorinha só não faz verão” e o É o Tchan, antes de viajar para Bagdá, Hawaii e ir para a floresta cantavam “Pau que nasce torto, nunca se endireita”.Na minha concepção pode-se dividir os ditados em categorias:
Tem os clássicos: “Antes um pássaro na mão do que dois voando”, “Casa de ferreiro, espeto é de pau”.
Os que tenho pavor quando alguém fala: “Gato escaldado tem medo de água fria”, “Cavalo dado não se olha os dentes”, “quando um burro fala, o outro abaixa a orelha”, “Deus escreve certo, por linhas tortas”. Pois isso é muito tia falando quando quer aconselhar alguém.
Tem os ditados que quando mudamos o final fica divertido: “água mole pedra dura, tanto bate até que molha tudo”, “devagar se chega atrasado”, “antes tarde do que mais tarde”, “me digas com quem tu andas que te direis se vou junto”, “quem ri por último é retardado”, “em terra de cego, quem tem um olho é caolho”, “filho de peixe é caviar”.
E tem os inventados pelos apaixonados por ditados populares – nesse caso, só conheço dois – “filho de pai, filho de peixe” e “como diria o dito: foi-se para os pulmões”