21.7.07

::Relationships::

Nando Reis com toda a certeza desse mundo, se fudeu demais nessa vida. Nenhuma pessoa, sem vivencia alguma, conseguiria pontuar tão bem as coisas corriqueiras do cotidiano dos reles mortais que vivem no ciclo do amor, desamor e outra coisa que não sei denominar a não ser neutralidade.
De um tempo para cá, venho escutado e falado muito sobre as reviravoltas da vida. O lugar não importa, pode ser na cantina, sala de aula, mesa de bar, internet e msn. Não importa onde estou sempre caímos (eu e meus amigos, independente da geografia) no mesmo assunto: Descontentamento da situação amorosa rumo à libertação do amor romântico visando constantemente o amor moderno (monogâmico ou poligâmico) inexistente, salpicado de um bom amor romântico para viver ao longo da vida. Parece confuso? Sim é muito confuso.
Os constantes e incansáveis debates sobre relacionamentos universitários mostram que as pessoas estão assustadas quando o assunto é relacionamento afetivo. Está tudo mundo correndo atrás do seu, antes que acabe. Todos querem viver eternamente com uma pessoa, até que a morte os separe e não tem problema algum querer ou desejar isso. A grande questão é quando percebemos o nó que emperra tudo: o comodismo seguido de anestesias.
Comodismo no sentido de, para que mudar se está bom assim e anestesia no sentido de, está tão calejado devido aos antigos romances que é melhor nem mexer naquilo que está intocável. Quando falo em comodismo, não quero que compreendam apenas no sentido ruim “Ah! Pessoa não quer mudar” muito pelo contrário, o comodismo é apenas um reflexo de que as coisas estão bem assim. Se isso está fazendo bem ou fazendo mal para o sujeito, nesse caso, moderno, ai são outros quinhentos. Quinhentos esses que vale um futuro post.
Retornando.
Seria muito lindo, finalizar esse post dizendo: Viva a vida e pare de se preocupar. Liberte-se para um novo amor. Infelizmente, quando tentamos nos libertar para um novo amor ou uma nova aventura, nos deparamos cara a cara com as feridas ainda não cicatrizadas de um tombo.
A grande palhaçada é crer que só o seu antigo amor é o melhor band-aid para seus machucados ou que qualquer pessoa com mera semelhança ao passado pode ser um “machucador” em potencia.
E o que o Nando Reis tem a ver com tudo isso?

No Recreio – Nando Reis

Quer saber quando te olhei na piscina
Se apoiando com as mãos na borda
Fervendo a água que não era tão fria
E o azulejo se partiu porque a porta
Do nosso amor estava se abrindo
E os pés que irão por esse caminho
Vão terminar no altar, eu só queria me casar
Com alguém igual a você
E alguém igual não há de ter
Então quero mudar de lugar, eu quero estar no lugar
Da sala pra te receber
Na cor do esmalte que você vai escolher
Só para as unhas pintar
Quando é que você vai sacar
Que o vão que fazem suas mãos
É só porque você não está comigo
Só é possível te amar...
Seus pés se espalham em fivela e sandália
E o chão se abre por dois sorrisos
Virão guiando o seu corpo que é praia
De um escândalo charme macio
Que cor terá se derreter?
Que som os lábios vão morder?
Vem me ensinar a falar
Vem me ensinar ter você
Na minha boca agora mora o teu nome
É a vista que os meus olhos querem ter
Sem precisar procurar
Nem descansar e adormecer
Não quero acreditar que vou gastar desse modo a vida
Olhar pro sol só ver janela e cortina
No meu coração fiz um lar
O meu coração é o teu lar
E de que me adianta tanta mobília
Se você não está comigo
Só é possível te amar
Ouve os sinos, amor
Só é possível te ama
Escorre aos litros, o amor