Vivemos de acertos e erros, isso é o quesito essencial para se dizer que está vivo. Dizem por ai que a graça está justamente na bipolaridade da vida, com direito a doses cavalares de mania e depressão. Uma eterna montanha russa com subidas lentas e caídas radicais.
Vivemos e esperamos que um dia alguma coisa mude, torcemos que algum dia alguém crie outro brinquedo mais seguro e confortável que a montanha russa. Algo no bom estilo dos carrosséis, onde iríamos girar, girar, girar e girar. Totalmente sem graça ter uma vida de carrossel e totalmente custoso ter uma vida de montanha russa.
Nessas horas nos reportamos para a nossa infância e utilizamos a melhor ferramenta de proteção que aprendemos quando éramos pequenos. Fechar os olhos e imaginar. De olhos fechados tudo muda e com a imaginação tudo fica mais anestésico. Vivemos na montanha russa, mas agarrados com todas as forças no cavalo do carrossel. Nessas horas é inevitável não desejar ter super poderes. Poder de manipular o tempo, ficar invisível, voar enfim, nessas horas até topamos descartar a possibilidade dos poderes, mas em troca, poder achar uma lâmpada mágica, três pedidos ajudariam e muito.
Não satisfeitos, os mais experientes, logo, os mais calejados, sempre dizem: “Calma, é isso que torna a vida mais colorida”. Então tira o lápis de cor da minha mão, porque estou riscando tudo.
Já estou topando trocar os lápis de cor, por um pouco de paz.
