Fazia muito tempo que não realizava uma boa ação. Modéstia a parte, me considero um cara do bem, que procura fazer pequenas ações que ajudam a acreditar num mundo melhor. É ai que reside a minha fé, a fé no ser humano.
Ontem eu estava na Oktoberfest andando, girando, circulando, rodando, caminhando, passeando e procurando os meus amigos, foi quando pisei encima de uma carteira, no meio da muvuca. Rapidamente foi até um lugar iluminado para ver o que tinha dentro. O que vejo, uma carteira cheia de cartões de créditos (deveria ter uns 7 cartões), carteira de motorista do dono (e dentro dela mais um cartão de crédito), a carteira de motorista da namorada/noiva/companheira do dono e duas passagens para São Paulo. Duas horas da manhã. Sai à procura do “achados e perdidos” e por incrível que pareça, perdi mais tempo procurando informações para os policiais e seguranças da festa do que devolvendo a carteira.
Atravessei metade da Oktoberfest atrás daquilo que tinha me proposto a fazer. Devolver a carteira e permitir que aquelas pessoas pudessem voltar para casa sem ter aquela sensação de vazio no estômago.
Quando chego aos achados e perdidos, vejo a menina das fotos 3x4 olhando com uma cara de “meu Deus aquela é a nossa carteira” de imediato ela grita para o namorado/noivo/companheiro que estava fazendo o boletim de ocorrência. Sinceramente me senti o cara que estava chegando com as boas novas. De imediato o cara começou a gritar e comemorar comigo. Pronto para conversar sobre o fato e tornar aquele encontro uma forma de laço que a vida nos pregou, percebo que as coisas não aconteceram da forma que imaginei.
Fazer sem esperar nada em troca, sim, eu aprendi que as coisas não funcionam dessa forma e nem tem o porquê acontecer dessa forma, não esperava dinheiro, nem chopp, mas dizer que não esperava nada seria hipocrisia. Obrigado eu recebi, abraços e agradecimentos também, mas acredito que fiquei incomodando por não sentir abertura para falar o meu nome. Oras! Eu fui o cara gente boa que devolveu a alegria deles naquele dia, como vão contar essa história em São Paulo?
_Então estávamos fazendo o B.O e um cara devolveu a carteira
_Que legal, nossa realmente, ainda existe gente boa nesse mundo. E como era o nome do seu anjo da guarda?
_Não sei.
Pois é, sou o Vinicius.
Eu sou cético no assunto sobre altruísmo, sempre esperamos algo em troca, nem que for apresentar o nome e imortaliza-lo nas pequenas coisas da vida de desconhecidos. Quem me conhece sabe o quanto sinto prazer nisso. Sem vergonha alguma, estou muito feliz pelo o que fiz e feliz por eles. Os vi andando e sorrindo com um grupo de amigos depois, eu sorri, sabia que aquilo tinha participação minha.
Imortalizei, sem um nome, mas imortalizei.
Se eu conquistei o meu lugar ao céu ou apazigüei as chicoteadas no inferno eu não sei. O que sei, é que de boas ações o mundo está cheio, só precisamos nomeá-las.
Ontem eu estava na Oktoberfest andando, girando, circulando, rodando, caminhando, passeando e procurando os meus amigos, foi quando pisei encima de uma carteira, no meio da muvuca. Rapidamente foi até um lugar iluminado para ver o que tinha dentro. O que vejo, uma carteira cheia de cartões de créditos (deveria ter uns 7 cartões), carteira de motorista do dono (e dentro dela mais um cartão de crédito), a carteira de motorista da namorada/noiva/companheira do dono e duas passagens para São Paulo. Duas horas da manhã. Sai à procura do “achados e perdidos” e por incrível que pareça, perdi mais tempo procurando informações para os policiais e seguranças da festa do que devolvendo a carteira.
Atravessei metade da Oktoberfest atrás daquilo que tinha me proposto a fazer. Devolver a carteira e permitir que aquelas pessoas pudessem voltar para casa sem ter aquela sensação de vazio no estômago.
Quando chego aos achados e perdidos, vejo a menina das fotos 3x4 olhando com uma cara de “meu Deus aquela é a nossa carteira” de imediato ela grita para o namorado/noivo/companheiro que estava fazendo o boletim de ocorrência. Sinceramente me senti o cara que estava chegando com as boas novas. De imediato o cara começou a gritar e comemorar comigo. Pronto para conversar sobre o fato e tornar aquele encontro uma forma de laço que a vida nos pregou, percebo que as coisas não aconteceram da forma que imaginei.
Fazer sem esperar nada em troca, sim, eu aprendi que as coisas não funcionam dessa forma e nem tem o porquê acontecer dessa forma, não esperava dinheiro, nem chopp, mas dizer que não esperava nada seria hipocrisia. Obrigado eu recebi, abraços e agradecimentos também, mas acredito que fiquei incomodando por não sentir abertura para falar o meu nome. Oras! Eu fui o cara gente boa que devolveu a alegria deles naquele dia, como vão contar essa história em São Paulo?
_Então estávamos fazendo o B.O e um cara devolveu a carteira
_Que legal, nossa realmente, ainda existe gente boa nesse mundo. E como era o nome do seu anjo da guarda?
_Não sei.
Pois é, sou o Vinicius.
Eu sou cético no assunto sobre altruísmo, sempre esperamos algo em troca, nem que for apresentar o nome e imortaliza-lo nas pequenas coisas da vida de desconhecidos. Quem me conhece sabe o quanto sinto prazer nisso. Sem vergonha alguma, estou muito feliz pelo o que fiz e feliz por eles. Os vi andando e sorrindo com um grupo de amigos depois, eu sorri, sabia que aquilo tinha participação minha.
Imortalizei, sem um nome, mas imortalizei.
Se eu conquistei o meu lugar ao céu ou apazigüei as chicoteadas no inferno eu não sei. O que sei, é que de boas ações o mundo está cheio, só precisamos nomeá-las.
